A greve de amamentação, também conhecida como greve de peito, que acontece quando o bebê recusa o seio materno de forma repentina, muitas vezes sem motivo aparente .Muitas mães acreditam que seu bebê não quer mais o peito ou rejeita seu leite, o que pode levar a estresse, culpa e à percepção de que seu leite é fraco e insuficiente ou que está sendo rejeitada como mãe.
É muito comum que o bebê, a partir do terceiro mês, recuse o seio materno por alguns dias. Apesar de ser mais usual após os 3 meses, a greve de amamentação pode ocorrer em qualquer fase da vida do bebê.
Não deve ser confundida com desmame natural, já que é raro um bebê desmamar por si só antes do primeiro ano de vida.É importante ressaltar que o problema pode ser superado se os pais conhecerem as causas e souberem lidar com o bebê. Dessa forma, o retorno à amamentação pode ocorrer e se prolongar, seguindo seu curso normal.
Algumas possibilidades da greve de amamentação são:
• Evento traumático repentino – o mais comum é mãe gritar com o bebê quando ele morde o peito (o que é algo comum e compreensível de acontecer);
• Estresse em casa e/ou muitas visitas em casa;
• uso da mamadeira e trocas frequentes das fórmulas lácteas ;
• Doença da criança ou erupção dentária;
• Separação da mãe como na volta ao trabalho e/ou início da adaptação à creche, por exemplo;
• redução do volume do leite (especialmente quando a mãe retorna ao trabalho e não consegue manter a produção com ordenha de leite no horário de trabalho);
• Mudanças grandes no ambiente ou na rotina (viagens e férias, por exemplo);
• Limitação das mamadas (quando a mãe não amamenta em livre demanda).
• Alteração do sabor do leite .
A mãe precisará ordenhar seu leite durante este período e oferecer em copo ou colher, pois suas mamas poderão tornar-se engurgitadas e doloridas.
Leite materno pode ter o sabor alterado?
Pesquisas recentes apontam que a alimentação da mulher durante o período de amamentação pode influenciar na qualidade do leite materno, principalmente no teor de vitaminas. Especialistas alertam que uma dieta balanceada desde a gestação também é fundamental para garantir que as reservas de ferro e vitaminas da mãe.
O leite materno varia muito de sabor. Alguns alimentos mais conhecidos , como o alho , que altera inclusive odor do leite . A quantidade de lactose , principalmente nos primeiros dias deixa o leite levemente adocicado e com o passar do tempo , com a sua redução e o aumento da proporção de gorduras , o leite torna-se mais “salgado” ( menos adocicado).
Apesar destas variações , é muito raro o bebê recusar o leite por alterações do sabor devido a dieta da mãe.
E os remédios podem alterar o gosto do leite?
Uma situação que raramente determina o desmame, mas que pode dificultar a amamentação, é o uso de medicamentos que podem alterar o gosto do leite materno. Alguns remédios pode dar um sabor desagradável ao leite materno e provocar “greve de amamentação” .
Nesses casos, as mães devem ser orientadas a evitar a amamentação no pico de concentração do medicamento no leite que, frequentemente. Outra medida relevante é, quando possível, usar o medicamento pelo menor tempo possível.
Fonte : Sociedade Brasileira de Pediatria
Como resolver a greve?
Aqui algumas dicas para encorajar o bebê a mamar novamente:
• Tentar oferecer o peito à noite, quando bebê estiver mais sonolento;
• Ficar o maior tempo possível em contato pele com pele, sem especificamente tentar oferecer o peito. Manter o bebê no sling é uma alternativa;
• Experimentar variar posições de amamentar.
Com paciência e insistência é quase sempre possível convencer o bebê a voltar à amamentação e, desta forma, ambos podem continuar a desfrutar de seus benefícios. Nunca esquecer de oferecer a mama em ambiente calmo, sem distrações, com tranquilidade e sintonia com o bebê.