O alerta da pandemia de coronavírus causou uma falta de álcool em gel. Em muitos países, as prateleiras das farmácias e de redes de supermercados onde antes estavam esses produtos ficaram vazias. E, quando são encontrados na internet, muitas vezes estão com preço mais alto que o normal.
Devido à escassez de álcool em gel , surgem produtos com menor concentração de álcool ou fórmulas que não são eficazes. Esse cenário levou à circulação na internet de um grande número de “receitas” caseiras desses produtos.
Organizações sanitárias como os Centros de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos enfatizam que, para ser desinfetante, o gel deve conter uma concentração de pelo menos 70% de álcool.
Achei duas receitas “principais”: 1) Feita com a mistura de álcool líquido 96º com gelatina. 2) Feita com a mistura do produto com amido de milho (a famosa maisena). Mas é claro que nenhuma delas tem comprovação científica .
Não há qualquer recomendação em cartilhas da OMS e do Ministério da Saúde e caso você não tenha o produto, a recomendação é limpar as mãos com água e sabão.
Até há alguns produtos que, de acordo com algumas reportagens, podem substituir o álcool em gel. Um desses produtos é o lenço umedecido antisséptico ou em spray, com gluconato de clorexidina.
E a história do vinagre ?
Circula nas redes sociais um vídeo de um homem que informa que o álcool gel não é uma forma eficiente de higienizar a mão contra o coronavírus . No vídeo, ele diz que a forma mais eficaz de se proteger do vírus é substituir o álcool por vinagre.
O Conselho Federal de Química (CFQ) informou, em nota, que o vinagre é um “produto relativamente ineficaz na destruição de microrganismos”, uma vez que sua composição é a base de ácido acético, um ácido considerado fraco que é pouco eficaz . O álcool gel, por sua vez, é recomendado para higienização : o vírus é revestido com uma camada de gordura que dissolve em contato com sabão ou álcool, causando sua morte.
Fica a dica .