A síndrome da morte súbita infantil, ou síndrome da morte súbita do lactente (também conhecida como “morte do berço”, não é uma doença específica.
Trata-se de um diagnóstico que os especialistas dão quando um bebê aparentemente saudável morre sem explicação. Quando nem os médicos nem a autópsia conseguem explicar a causa da morte, ela é classificada como morte súbita. A grande maioria dos casos atinge bebês com menos de 6 meses de idade.
É uma das principais causas de óbito de bebês com menos de 1 ano de vida, e geralmente ocorre durante o sono noturno . Trata-se de uma condição que assusta muitos pais e cujos mecanismos ainda são desconhecidos.
Como e por quê?
Há uma série de teorias para explicar a origem do problema, mas, até o momento, nenhuma encontrou comprovação científica.
Os especialistas acreditam que seja uma combinação entre uma predisposição do bebê (como anormalidades ou imaturidade nos sistemas cardíaco, respiratório ou da regulação do despertar) e a exposição a um ambiente desfavorável (como dormir de bruços ou ser agasalhado demais), num período específico do desenvolvimento.
O que posso fazer para evitar?
O importante é que os pais saibam que há formas de se prevenir da síndrome:
A posição ideal
Dormir em decúbito dorsal – com a barriga voltada para cima – é a posição mais indicada para os bebês de até um ano, recomendada pela Academia Americana de Pediatria (AAP) e pelo Ministério da Saúde brasileiro . Além de permitir que o bebê respire melhor, a posição diminui o risco de engasgo, já que permite girar a cabeça para o lado em caso de vômito.
Não coloque o bebê de lado, porque eles facilmente acabam de barriga para baixo.
O berço
Novas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria foram lançadas no final do ano passado e incluem :
• O filho deve dormir até pelo menos o sexto mês de vida no quarto dos pais, mas em camas separadas. A cama compartilhada é contraindicada pelo risco de acidentes durante o sono.
O hábito aumenta os riscos de sufocamento, porque os pais se mexem e o bebê fica indefeso.
• Segura-bebês e outros dispositivos que seguram o corpo em determinada posição devem ser evitados. Produtos do tipo foram banidos das lojas dos Estados Unidos em 2017.
• A superfície onde o bebê dorme deve ser firme, coberta com um lençol de elástico e sem objetos soltos : sem pelúcias ,cobertores ou protetor de berço.
Protetores de berço não são aconselhados pelos especialistas. Acredita-se que eles não sirvam para prevenir acidentes. Eles podem, por outro lado, acabar causando sufocamento ou estrangulamento se a cabecinha do bebê ficar presa entre o protetor e o colchão, além de não deixar o ar circular livremente dentro do berço.
A temperatura
Estudos ligaram o excesso de agasalhos e o superaquecimento do bebê à morte súbita. Coloque a mão na barriga do bebê ou no pescoço dele para ver se ele está quentinho o suficiente.
• Não deixe o aquecedor ligado à noite inteira
• Usar roupas quentinhas no lugar de cobertas e lençóis, mas sem tocas ou outros acessórios que cubram a cabeça.
Bebês excessivamente agasalhados, que dormem em quartos muito aquecidos, correm perigo maior quando colocados com a face para baixo, porque a face é uma fonte importante de eliminação do calor nas crianças. Nesses casos, supõe-se que o estresse causado pelo aumento de temperatura leva à diminuição da frequência cardíaca e à inibição letal do centro respiratório.
Não use nenhum tipo de colar ou corrente no bebê
Qualquer corrente ou colar (como o colar de âmbar) no pescoço do bebê traz risco de sufocação durante o sono. O mesmo vale para cordões de chupetas, almofadas ou brinquedos ( pelúcias ) que possam estar próximos ao bebê.
Fica a dica .